O QUE SE ESPERA DE UM NOVO BRASIL?
Artigo de:
Benedicto Ismael Camargo Dutra, autor dos livros: Conversando com o Homem Sábio, O Segredo de Darwin e 2012... E Depois?
"Boas famílias formam bairros bons. Bairros bons constroem boas comunidades. Boas comunidades fazem grandes nações". Kalyan Banerjee – Presidente eleito do Rotary Internacional
A história mostra que todos os povos que não tinham o alvo elevado de progredir, beneficiando e melhorando as condições de vida, soçobraram. Atualmente, impera a fragmentação. Cada um para seu lado, com sua turminha restrita e idéias medíocres. Não há a visão de um alvo comum a ser alcançado e preservado. Não há lideranças capacitadas para desenvolver essa inspiração. Apenas objetivos materiais de curto prazo.
Os idealistas são afastados mesmo quando movidos pelo desejo de dar sua contribuição para a conquista de um melhor futuro. A desconfiança atira suas pedras.
As pessoas estão desconectadas, cada um para si, não há metas compartilhadas. Isoladas, as pessoas não permitem que sua intuição incandesça suas ações. O ambiente também não, pois se acha rígido, engessado pelos egoísmos. Necessitamos de uma visão compartilhada que vá além do raciocínio, mobilizando o coração com um toque de espiritualidade em sua firmeza e generosidade.
Há os que negam a espiritualidade. Negar o espiritual é reduzir o ser humano ao nível animal, a uma máquina. Há aqueles para os quais a espiritualidade faz parte da vida. A espiritualidade é algo inato. É a essência humana. Sem ela nada somos.
O Brasil é um lugar especial. A população é boa e com muitas qualidades. Por exemplo, no trânsito em São Paulo, existem os apressados irresponsáveis que só pensam em si, mas uma grande maioria dos motoristas é conscienciosa, dirigindo com cuidado e consideração.
O brasileiro é alegre por natureza, gosta de festa e de música, mas precisa ter fortalecida a esperança num futuro melhor, numa visão compartilhada, conectando-se a esse ideal como meta a ser alcançada em cada ação com o esforço conjunto. Cada um trazendo o melhor de si para o benefício geral, gerando confiança e cooperação mútua, indispensáveis ao progresso real. Mas para isso necessitamos do "educador que faz a diferença", aquele que visa o bem geral da humanidade e atua como modelo, inspirando a melhora das condições existentes na Terra.
Os jovens precisam de modelos benéficos e enobrecedores. Necessitamos dar um novo rumo para a educação dos adolescentes. Além de aprender um ofício adquirindo qualificação profissional, os jovens devem praticar esportes e artes, recebendo valores morais, éticos, respeito e consideração pelo semelhante e cuidados com o meio ambiente, para que estejam capacitados a formar boas famílias, bons bairros e boas comunidades.
Necessitamos de um alvo elevado. Queremos um Brasil rico, com boa educação para todos, e sem as misérias de milhões de excluídos da vida real.
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