sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

GOVERNO E RESULTADOS

O grande desafio dos atuais eleitos nos estados e também devemos incluir nossa presidente (a), Dilma, será a revisão do sistema de governo baseada no conceito da produtividade. É isso mesmo, o serviço público pode ser produtivo e gerar bons resultados, diferentemente da questão do lucro nas empresas privadas. O produto final tem nomes diferentes mas o processo é praticamento o mesmo. A figura acima, é típica, vale para o público e para o privado, ou seja, é uma visão do processo onde temos as entradas, agregação de valor e geração de um produto ou serviço ao cliente.
Neste sistema a produtividade é calculada por uma fórmula simples, ou seja, P = Produção de valor ao cliente (aumento da função útil) dividido pelos custos necessários para a obtenção deste valor. Simples, porém desafiante. Por quê o desafio? Em primeiro lugar o estado de uma forma geral não se preocupa com o cidadão na condição de cliente, ele na maioria das vezes é visto apenas como "eleitor", e isto cria deformidades na gestão do processo. Em segundo lugar, as tarefas de redução dos gastos (custos, perdas, desperdícios e etc) é vista como ação antipática para os governantes. Enfim, racionalização é uma palavra não muito bem vista neste universo gerencial. 
Os investimentos que dona Dilma disse não ter disponibilidade de dinheiro em 2011 estão alocados na figura no destaque intitulado ÁREA DO CAPITAL. Tudo bem, como dizia o velho Kaoru Ishikawa, o pai do TQC (Total Quality Control), se você não tem como aplicar o Kayrio (investimentos para melhoria de patamares de resultados), então invista no Kaizen (melhoria contínua) que vai depender apenas da inteligência e competência dos funcionários devidamente preparados para tal ação, é a ÁREA DO CONHECIMENTO na figura acima.
O governo pode fazer o Kaizen? A resposta é sim, desde que invista fortemente nos seus recursos humanos (profundamente despreparados e esquecidos) e em particular nos gerentes (2o. escalão) e demais cargos de chefias no federal e no âmbito estadual. 
Segundo especialistas, o Kaizen no governo pode chegar até 30% ou 40% de redução de custos e desperdícios visíveis (sem falar dos invisíveis, que já é um outro assunto). 
A receita é simples mas a AÇÃO GERENCIAL requer lideres de fato, e não apenas de manchetes de jornais. Mãos à obra.


SOBRE O KAIZEN E O KAIRYO 
Kaizen: O Modelo de Melhoria Japonês

Kaizen é o termo japonês cujo significado literal é melhoria. O conceito implica um esforço contínuo (daí melhoria contínua), envolvendo todas as funções de todos os níveis da organização.
O termo Kaizen é tão comum no Japão que é aplicado a todos os aspectos da vida. Fala-se em Kaizen em termos de meio ambiente, sistema educacional, sistema rodoviário, relações externas etc. No trabalho, é muito comum que todos os colaboradores de uma organização se perguntem como o procedimento, máquina, pacote, produto etc. podem ser melhorados.
O Kaizen é aplicado em processos (tanto de produção quanto processos de negócio) e em produtos ou serviços.

No Ocidente, a abordagem padrão tem sido melhorias em função de etapas, normalmente obtidas através de nova tecnologia (kairyo). O investimento necessário para desenvolver e aplicar esta tecnologia é justificado através de cálculos de retorno do investimento. Esta abordagem de melhoria também é atraente, já que produz resultados imediatos. No entanto, há um problema com esta abordagem isolada. O novo padrão atingido como resultado da inovação diminuirá com o passar do tempo se as atividades de manutenção forem limitadas, e a qualidade e produtividade serão prejudicadas. Para recuperar esta vantagem, a organização tem que recorrer a outros investimentos; o benefício total da inovação só é gozado por um período de tempo curto e apenas a um custo considerável. Fonte: Antomar Marins e Silva, autor do livro Gestão Estratégica de Negócios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário