TÃO PERTO DO SUCESSO...
Artigo do Professor Paulo Sérgio – Rede O Gerente
Falar sobre fracassos é tão bom quanto falar sobre o sucesso. Sobretudo, pelo fato de que os dois são consortes inseparáveis. Um não existe sem o outro. É pena que somente o cérebro dos vencedores pense assim!
A maioria de nós não percebe a tênue distância entre sucesso e fracasso. Como disse Thomas Edison "Muitos dos fracassados na vida são pessoas que não conseguiram perceber como estavam perto do sucesso quando desistiram."
Winston Churchill também revelou, há décadas, o segredo do sucesso: "nunca desista, nunca, nunca, nunca…" Por que será que não nos damos conta disso?
Tenho percebido que o fracasso é mais cômodo às pessoas. Automaticamente, um ser humano fracassado encontra respostas para seu fracasso e, na vibrante maioria, essas respostas estão no mundo de fora. Eles atribuem o insucesso aos pais, patrões, economia, governo, má sorte. Para quem fracassa, é mais favorável não pensar em vencer, pois, dessa forma, não há que se esperar resultados admiráveis e, aparentemente, as frustrações não existem.
Como disse John Maxwell "treinar pessoas às vezes é como dar um pote de ouro a quem irá enterrá-lo e nunca mais usá-lo". Falar que os fracassos fazem parte da trilha do sucesso a um fracassado é, quase sempre, gastar saliva à toa. Ainda assim, temos esperanças de que percebam que é a mais pura verdade.
No livro "O Cérebro do Vencedor", Jeff Brown conta belíssimas histórias de pessoas que tinham tudo para serem nada, mas, não ao acaso, nem contando meramente com a sorte, conseguiram se recuperar de muitos fracassos e conquistaram resultados formidáveis.
Um desses emocionantes e verossímeis relatos é o da Corredora do Central Park, Trisha Meili. Em 1989, ela fora brutalmente espancada, estuprada e ficou, por seis semanas em coma, tendo delírios. A maioria dos médicos e dos que a conheciam diziam que ela não se recuperaria. Sabe o que ela fez? Em outras palavras, ela disse: "Não contem comigo para ser uma fracassada". Hoje, ela é conhecida como a Encarnação da Motivação. Veja a mensagem que ela deixa nas suas magníficas palestras: "Percebi que a única maneira de melhorar meu futuro era trabalhando no presente. Nós vencemos quando nos dedicamos a valorizar pequenas vitórias e também a vitórias anônimas, que acontecem dentro de nós, quando vencemos a nós mesmos." Não é fantástico?
No livro, há comprovações científicas, por meio do que os pesquisadores chamam de Imagens por Ressonância Magnética Funcional – IRMF, que mostra que o cérebro dos vencedores se posiciona sempre positivamente diante das situações turbulentas. Melhor que isso, eles afirmam que isso não é genético meramente, mas sim, treinável.
Veja os oito passos estabelecidos no livro que podem lhe ajudar a conquistar o tão sonhado sucesso que, às vezes, dá para sentir o cheiro, mas desistimos a poucos metros dele:
1. Autoconsciência: você precisa estar consciente de como se relaciona com o resto do mundo, mas, também, de como o resto do mundo se relaciona com você.
2. Motivação: a motivação é o que separa aqueles que não chegam até o final, dos que chegam;
3. Foco: o cérebro dos vencedores tem a capacidade de se concentrar naquilo que lhes dará resultados nas áreas que mais lhe interessam. Embora haja muita distração competindo por nossa atenção, o cérebro dos vencedores fica antenado naquilo que lhes dá resultados;
4. Equilíbrio emocional: quando as emoções estão em equilíbrio, conseguimos fazê-las trabalhar a nosso favor. Para isso, precisa-se de autoconsciência;
5. Memória: os vencedores buscam na memória por situações que já enfrentaram, trazem as experiências produtivas aprendidas e rasgam as que não lhes fazem bem;
6. Resiliência: fracassos do passado não correspondem a uma representação exata do futuro. De maneira simples, os vencedores se levantam pelo menos uma vez mais do que qualquer outra pessoa. O cérebro do vencedor é resiliente e está apto a grandes recuperações;
7. Adaptabilidade: o cérebro aprende com todos os tipos de pensamentos, ideias, sensações, emoções. O problema é que ele aprende errado também. Por isso, a questão é não permitir que emoções, sensações, pensamentos que possam adaptar o cérebro à mesmice, perdas, incapacidade, medos, sejam registradas sem terem combate para transformar tudo isso em oportunidades. Não deixe seu cérebro se adaptar ao fracasso;
8. Cuidados com o cérebro: pelo simples fato de você não ver o cérebro se alongando, isso não significa que ele não esteja se exercitando todo tempo. Cuide do seu cérebro melhor do que cuida do seu corpo.
Não enterre esse pote de ouro que levou anos para ser criado. Use-o no seu dia-a-dia. Os resultados mudam quando mudamos nossas percepções e comportamentos e, sobretudo, quando agimos e testamos o que aprendemos.
Um abraço e felicidades sempre!